A Universidade Rovuma (UniRovuma) está a realizar Feiras Tecnológicas nas suas unidades orgânicas, com a finalidade de descobrir cientistas do futuro, incentivar a produção e divulgação de conhecimento científico-tecnológico desenvolvido nas escolas de baixo escalão.
As feiras são realizadas nos Institutos Superiores de Desenvolvimento Rural e Biociências de Niassa, de Recursos Naturais e Ambiente, de Cabo Delgado, e de Transporte, Logística e Telecomunicações de Nacala, em parceria com os Serviços Provinciais de Acção Social (SPAS) de cada província.
Os eventos decorrem sob o lema “Feiras Provinciais de Ciência, Tecnologia e Inovação”, sendo o resultado de um Memorando de Entendimento (MdE) rubricado entre os SPA’s e a Faculdade de Engenharia da Universidade Rovuma, abarcando os ensinos do primeiro e segundo ciclos do ensino geral ou técnico profissional e as Universidades moçambicanas.
A Profa. Doutora Alice Frei, directora do ISDRB, e a directora do SPAS do Niassa, Berta Mónica Polela, foram as anfitriãs do evento, no qual participaram a Secretária Permanente Provincial, Lina Portugal, alunos, expositores seleccionados em diferentes escolas dos distritos da província e diferentes individualidades.
A Secretária de Estado exortou aos presentes para apoiarem e incentivarem o ensino e aprendizagem numa perspectiva dinâmica e interactiva, utilizando recursos e outros instrumentos locais para produzir conhecimentos científicos que levem ao desenvolvimento da província de Niassa, em particular, e do país, em geral.
“Actualmente, o mercado exige a incentivar a formação de engenheiros que tenham gabarito nacional e internacional, capazes de transformar recursos e as potencialidades que Moçambique tem em produto final”, acrescentou Lina Portugal.
“Mesmo que não existam laboratórios especializados”, frisou Portugal, “a nossa natureza é um laboratório, o ambiente em que vivemos é um laboratório e podemos usar o meio que nos rodeia para que desenvolvamos nos nossos estudantes a terem habilidade de saber fazer”.
Na opinião da Secretária de Estado, para garantir o uso dos recursos de que o país dispõe é necessário que os resultados da investigação cientifica, da inovação e do desenvolvimento tecnológico sejam traduzidos na criação dos serviços e novos processos melhorados a serem colocados no mercado, contribuindo, deste modo, para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), fazendo com que se reduzam as importações.
Lina Portugal exortou aos actores da educação em Niassa para promoverem, nos alunos, o gosto pela leitura e ciências naturais, realizando mais feiras tecnológicas nas escolas, cabendo às Universidades ir ao encontro dessas instituições para dialogarem com os discentes com o fim de lhes incutir a necessidade e a vantagem pela aprendizagem.