A Universidade Rovuma poderá tornar-se na primeira instituição de ensino superior em Moçambique a beneficiar de apoios da Beijing Institute for Technology (BIT) para desenvolver e implementar projectos ligados as áreas de alterações climáticas e energias renováveis.
A intenção nesse sentido foi discutida, recentemente, em Maputo, num encontro entre o Magnífico reitor da UniRovuma, Prof. Doutor Mário Jorge Brito dos Santos, e Rui Rodrigues, empresário português e que é elo de ligação entre os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) e aquela instituição de ensino técnico chinesa.
sta instituição chinesa pretende estabelecer parcerias com as Universidades públicas dos PALOP’s, ajudando-lhes a desenvolver projectos ligados a essas duas áreas, incluindo estudos agrícolas e formação técnica de quadros locais.
Para isso, as Universidades devem apresentar propostas concretas de cooperação e submeter à BIT para efeitos de financiamento e ajuda técnica no que for necessário e relacionado com as áreas supramencionadas.
O convite, segundo Rui Rodrigues, poderá ser coberto por um acordo caso a Universidade Rovuma estiver interessada nessa parceria. Aliás, a fonte precisou que a UniRovuma é a única instituição pública que acedeu ao convite, pelo menos ao nível de conversações bilaterais.
A Beijing Institute of Technology tem dois pólos em funcionamento, designadamente, um em Beijing, a capital chinesa, e outra em Macau, um território chinês antes administrado por Portugal até dezembro de 1997.
Vamos avançar para a cooperação
O reitor da Universidade Rovuma disse não existir inconveniente algum que impeça que essa cooperação avance nas modalidades em que forem acordadas e cobertas por um provável acordo a ser assinado entre as partes.
Vamos cooperar, não há qualquer obstáculo a isso, pois temos, igualmente, parcerias com outras Universidades e instituições diversas de outras áreas, acrescentou o Prof. Doutor Brito dos Santos.
Ele explicou que a Universidade Rovuma está situada numa região onde ciclicamente ocorrem ciclones e outras adversidades climáticas, e estas duas componentes – alterações climáticas e energias renováveis – ajustam-se ao perfil académico da instituição de que é dirigente.
Reitero o meu comprometimento para que o acordo de cooperação seja assinado o mais cedo quanto possível, acrescentou Brito dos Santos, sublinhando que a UniRovuma sairá privilegiada por incluir no seu currículo um curso de Mandarim, uma das línguas chinesas, e ter relações de cooperação com o Instituto Confúcio.